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O governador Eduardo Leite atualizou, nesta quinta-feira, os dados sobre o coronavírus no Estado em uma transmissão ao vivo feita diariamente pelo Facebook (veja abaixo). Além de atualizar os dados de óbitos e confirmações da Covid-19, Leite também apresentou dados sobre os impactos do coronavírus e ações de enfrentamento.
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Foi divulgada a segunda edição especial de um boletim sobre as movimentações econômicas dos contribuintes de ICMS do Estado. A análise, que compara as semanas de isolamento social, entre 16 de março e 3 de abril, ao mesmo período do ano passado, aponta que até agora o principal setor afetado é o varejo.
A venda de medicamentos, materiais hospitalares, higiene e alimentos não teve impacto negativo. Em três semanas, os setores aumentaram em cerca de 10% em relação ao ano passado. De acordo com o relatório, na primeira semana após a adoção da quarentena houve uma alta demanda nos produtos do varejo relacionados a medicamentos e alimentação. Nas duas semanas seguintes, apesar da venda ser um pouco menor, os números ficaram dentro da normalidade.
Só que a realidade é completamente diferente em relação aos demais produtos do varejo, que apresentaram queda de 49,5% - motivados principalmente por conta do fechamento do comércio por decretos estaduais e municipais. No acumulado, a indústria também teve uma queda de 17,7%.
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A venda de combustíveis também registrou queda, principalmente o etanol, com o acumulado de 59,3% menor em relação ao primeiro trimestre de 2019. Com isso, junto com a conjuntura internacional do petróleo, os preços médios tiveram queda. A gasolina comum, por exemplo, chegou a atingir R$ 4,79 no final de janeiro e passou a custar de R$ 4,29 em 3 de abril.
Segundo Leite, o reflexo de tudo isso se dará principalmente relacionado a arrecadação no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS).
AJUDA A PRODUTORES RURAIS
Na transmissão, Leite junto com o secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, também anunciou uma série de medidas para ajudar produtores rurais, que sofrem os impactos do coronavírus junto com a estiagem - a mais severa nos últimos 8 anos.
Quem foi afetado pela estiagem, poderá renegociar as dívidas de custeio em parcelas de até sete anos, além da prorrogação das dívidas de investimentos para depois da última parcela de contrato e a abertura de linhas de crédito para cooperativas com prazo de até quatro anos para pagamento.
Já para os produtores afetados pelo impacto do coronavírus, as dívidas de custeio e investimento de todos eles poderão ser prorrogadas até 15 de agosto deste ano. Os produtores também poderão abrir uma linha de crédito emergencial de R$ 20 mil para produtores do Pronaf e R$ 40 mil para produtores Pronamp que trabalham com hortifrútis, flores, leite, pesca e aquicultura, com prazo de pagamento em até três anos e aplicação de juro já cobrado pelos dois programas
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Além disso, por meio do Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor (FGPP), cooperativas, cerealistas e agroindústrias poderão obter até R$ 65 milhões para comercialização.